A Sé ou Catedral de Évora é a maior e uma das mais belas de Portugal. É um dos ex-libris da cidade, classificada pela UNESCO como “Património da Humanidade”.
Por isso não se pode passar por Évora sem visitar a sua Catedral.
Zimbório ou Torre Lanterna
A sua construção, dentro do estilo romano-gótico, tem a forma de uma cruz latina mais visível no interior. Terá sido iniciada por volta de 1280 e terminada cerca de 1350, portanto séc. XIII-XIV.
Situada na Acrópole, o ponto mais alto da cidade, onde também se encontra o templo de Diana, avulta ao longe pela sua beleza o zimbório ou torre lanterna, muito semelhante à da Sé velha de Salamanca e à de Plasencia e Zamora, em Espanha.
Igualmente percetível é a forma de fortaleza, visível no terraço cercado de ameias, típica das igrejas-fortaleza da idade média.
Vista Geral
A atual capela-mor veio substituir a primitiva romano-gótica, considerada então de reduzidas dimensões para a solenidade das celebrações.
Construída no séc. XVIII, com apoio do Rei D. João V, em estilo barroco, distingue-se pela sua grandiosidade e pela beleza que lhe conferem os mármores de variadas cores, tanto nas paredes como no pavimento.
É obra do famoso arquiteto alemão João Frederico Ludovice, responsável também pelo monumental Convento de Mafra.
Merecem um olhar especial: o grande crucifixo em madeira de cedro, a tela de Nossa Senhora da Assunção, os bustos de S. Pedro e S. Paulo e os coretos de Scholla Cantorum e do órgão de Oldovini.
Vista Geral
A sua decoração em alto, médio e baixo-relevo é uma maravilhosa obra de arte renascentista.
O coro-alto é obra do séc. XVI e veio substituir o primitivo coro-baixo situado ao cimo da nave central.
Era o lugar onde os capitulares cantavam as horas canónicas do Ofício Divino. Por isso fora dotado de um majestoso cadeiral, mandado construir pelo primeiro Arcebispo de Évora, Cardeal D. Henrique, futuro rei de Portugal.
Nossa Senhora das Dores
Vista Geral (órgão)
Situado ao nível do coro-alto, encontra-se o órgão de tubos em madeira de carvalho.
Trata-se de um instrumento quinhentista do assim designado modelo ibérico, muito raro e único em Portugal.
É um sinal evidente da importância da música ao serviço da liturgia, que diariamente era celebrada com solenidade pelos capitulares.
Da sua passagem por Évora, 4 príncipes cristãos que constituíam a primeira embaixada japonesa que veio a Roma de visita ao Papa, sentiram-se muito honrados por aí terem tocado.
Pormenor da imagem da Senhora do Ó
No altar de talha dourada na nave central, encontra-se uma das imagens mais veneradas da cidade de Évora.
É conhecida por Senhora do Ó, pelo seu porte em posição de grávida, ou seja, pela forma mais volumosa do seu ventre.
Há uma longa tradição na cidade de mandar tocar os sinos da Catedral sempre que uma mulher dá à luz uma criança.
É uma bela escultura gótica em pedra, de séc. XV, com um aspeto solene, digno de uma rainha.
Capela do Fundador
O claustro é um dos mais belos monumentos de arte gótica em Portugal, como poderá ver-se pelos arcos ogivais, tanto nas abóbadas como nas janelas.
Além do belo conjunto de imagens, nomeadamente os 4 evangelistas nos ângulos das galerias, não poderá deixar de contemplar-se a capela do Fundador, onde se encontra o seu belo túmulo gótico com estátua jacente em mármore.
Com o claustro ficou concluída a construção da Catedral, por volta de 1350.
